MP-AP realiza workshop sobre conceitos e métodos utilizados no projeto “Círculos Restaurativos”

O Ministério Público do Amapá (MP-AP), por meio do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas da Promotoria de Santana, promoveu, na última quarta-feira (25), no auditório da antiga sede da Procuradoria-Geral de Justiça (Av.Fab), um workshop sobre métodos e conceitos utilizados no projeto denominado “Círculos Restaurativos: Reconstruindo afetos, pacificando relações familiares”, executado pelo MP-AP em parceira com o Tribunal de Justiça do Amapá (TJAP).

Os “Círculos Restaurativos” apresentam uma metodologia para resolução de conflitos sem violência e estabelecem uma espécie de conexão entre as pessoas, explorando as diferenças existentes na relação e oferecendo a todos a oportunidade de solucionar os problemas por meio de um diálogo franco e respeitoso.

Durante o workshop, ministrado pelas psicólogas e especialistas em mediação de conflitos Marta dos Reis Marioni, Vânia Curi Yazbeck e Violeta Daou, foram repassadas noções básicas e conceitos iniciais sobre práticas restaurativas que podem ser desenvolvidas nos mais variados ambientes de relações sociais, contribuindo para a resolução consensual de conflitos. 

O público, formado majoritariamente por profissionais da educação, também foi convidado a integrar o projeto e disseminar valores que levem a uma cultura de paz. Entusiasmada com a iniciativa, a professora Socorro Brito, coordenadora pedagógica da Escola Estadual Lucimar Amoras fez um relato da sua experiência com a temática. “Um professor da minha pós-graduação chegou a dizer que isso seria uma utopia e, hoje, vendo esse projeto implantado, me sinto honrada”, disse.

Para a coordenadora do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas de Santana, promotora de Justiça Silvia Canela, os “Círculos Restaurativos” podem ser desenvolvidos em inúmeras situações. “São infinitas as possibilidades porque essa metodologia é muito rica e permite a utilização em diferentes âmbitos da convivência coletiva. Nossa ideia é ampliar e plantar essa semente do amor e tolerância entre as pessoas” resumiu.

A juíza de direito Larissa Antunes, da Vara de Infância e Juventude de Santana, lembrou que as práticas restaurativas já estão previstas na Lei do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). “A equipe técnica do judiciário amapaense está se preparando para aplicar a prática no Amapá”, reforçou.

Analista ministerial Alzira Nogueira, assistente social do Centro de Apoio Operacional da infância, Juventude e Educação (CAOP-IJE) do MP-AP, coordenado pela procuradora de Justiça Judith Teles, finalizou o evento destacando que está em curso o primeiro processo de capacitação para facilitadores de “Círculos Restaurativos”, e que o projeto, para ser fortalecido, precisa de muitos parceiros. 

“Fiquei muito feliz em ver esse auditório, no turno da noite, lotado de profissionais interessados na temática. Vamos nos unir. Temos uma agenda muito forte para as escolas este ano e precisamos de todo mundo. Vem pra gente”, brincou.

Onde encontrar?

O TJAP e o MP-AP, por meio do Núcleo de Mediação, Conciliação e Práticas Restaurativas da Comarca de Santana, têm uma equipe de servidores e voluntários capacitados para atuar como mediadores e facilitadores de Círculos Restaurativos acolhendo as famílias, oferecendo um espaço de cuidado onde juntos possam fortalecer-se e construir estratégias para superar as dificuldades vivenciadas em âmbito familiar.

Funciona na Promotoria de Justiça de Santana. End: Rua B-I, n º 40, bairro Vila Amazonas. Telefone (96) 3281-7208 e no Juizado de Violência Doméstica de Santana. Rua: Cláudio Lúcio Monteiro, nº 900, Vila Amazonas. Telefone (96) 3281-8173.

Álbum de fotografias: http://migre.me/pbuLa

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